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Em toda a extensão do cosmos: textos selecionados de Abraham Kuyper
A SOBERANIA DO DEUS TRIÚNO SOBRE TODO O COSMOS


A presente edição de pequenas obras de Kuyper visa não somente contribuir na supressão da lacuna editorial, mas também demonstrar um aspecto essencial do pensamento do teólogo, nomeadamente, sua atenção e interesse para os mais diferentes eventos, movimentos e personagens históricos de seu tempo, que servem de ponto de partida para a elucubração e sistematização de seus conceitos. Com efeito, a mente de Abraham Kuyper não somente se irradiava para os mais diversos assuntos ― da teologia, passando pela literatura e culminando na política ― e atividades (jornalismo, filosofia, educação, artes, ministério eclesiástico e cargo político), mas instalava-se como uma rede a captar todas vibrações que atravessavam e modelavam sua época.

Este volume conta adicionalmente com dois ricos apêndices: uma excelente introdução ao pensamento de Kuyper feita pelo dr. David Naugle, bem como um artigo instigante de Roger D. Henderson sobre “como Abraham Kuyper se tornou kuyperista”.

Um único tema perpassa toda esta coletânea: a soberania do Deus Triúno e o senhorio de Cristo sobre a totalidade da vida.
Paperback, 138 pages

Published 2017 by Editora Monergismo

Book Quotes
Entretanto, por mais infindáveis que essas representações acerca da origem do direito possam ser, a ideia comum a todas elas é que apenas por meio do Estado, visto como o instrumento da sociedade, que o direito absoluto recebe sua sanção. É lamentável que, com exceção de Von Stahl, nenhum desses homens sustentem a imutabilidade da autoridade do Estado. O cetro de autoridade é atualmente brandido ora por um partido, ora por outro – Napoleão é substituído pelos Bourbons; estes são superados pelos Orleans; e deste modo forma-se a sequência daqueles que fazem de si mesmos mestres em lugar da autoridade no Estado, visto que, por ora, são os mais fortes. Portanto, comanda o Estado aquele que efetivamente toma o poder em mãos. E neste sujeito mais forte que estabelece o direito e a lei, triunfa o direito do mais forte não simplesmente de facto, mas, de semelhante modo, na teoria. Destarte, cai por terra a fronteira que separa as autoridades (como poderes designados por Deus) do povo, que, pelo mesmo Deus, são ordenados a se submeter a elas. Ambos são dissolvidos em um Estado absolutamente suficiente. O Estado toma o lugar de Deus; torna-se o poder supremo e também a fonte do direito. Os poderes superiores não mais existem por causa do pecado, porém um Estado é o mais sublime ideal da sociedade humana – um Estado, perante cuja apoteose todo joelho deve se dobrar, por meio de cuja graça somente devemos viver, e a cuja palavra devemos nos sujeitar. E quando, desse modo, destrói-se as fronteiras entre as autoridades e ele (Deus), de que elas são servas; e consequentemente destrói-se também as fronteiras entre o direito como uma ordenança divina e o direito como uma ordem do magistério, não resta nada além de um único Estado, providenciando todas as coisas, no qual todo empenho humano busca seu desenvolvimento ideal.

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